quinta-feira, 30 de abril de 2009

Pedra Letícia na 2º Bienal do Livro de Goiânia


Pedra Letícia também é cultura, hoje dia 30/04 o PL se apresenta na 2ª Bienal do Livro de Goiás no Teatro Rio Vermelho! Um pouco sobre o evento:

Apresentação:

A 2ª Bienal do Livro de Goiás é uma iniciativa do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Educação, em parceria com a Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira, Agência Goiana de Comunicação e Agência Estadual de Turismo. Trata-se de uma ação de responsabilidade social, no fomento à leitura e ao acesso ao livro e à literatura, ao conhecimento e à cultura.

Voltada a estudantes, professores, escritores, pesquisadores e a toda a comunidade, a 2ª Bienal do Livro de Goiás propõe o diálogo do livro e da produção literária com a atualidade. As conferências, oficinas, palestras e demais atividades foram programadas de forma a permitir a interface do livro com as mais diferentes ferramentas, linguagens e espaços disponíveis ao homem no mundo contemporâneo. O livro como base para o aprendizado escolar, para o teatro, o cinema, o mundo virtual, a música, o circo, a oralidade. Como base para a vida.

Esta Bienal, que homenageia o escritor Bariani Ortencio, reúne experiências e encontros que irão, certamente, contribuir para que, num futuro bem próximo, consolidemos o Estado de Goiás como um Estado de muitos leitores.

Milca Severino Pereira
Secretária de Estado da Educação

Mais informações no site: http://www.educacao.go.gov.br/bienal/site.asp

Aproveitando o tema vou colar aqui um post do Blog do Cambota, que particularmente acho fantástico, que é justamente sobre a (falta de) leitura:

Fome, sede e vontade de ler

Os biólogos, cientistas, cientificistas - enfim, qualquer estudioso do corpo humano -não cansam de afirmam e reafirmar a perfeição do corpo humano. A mais completa máquina já criada. O complexo sistema de células, órgãos, substâncias que sintetizam a perfeição. Pois tratemos de discordar. O corpo necessita de combustíveis. Se precisamos de água, temos sede. De comida, temos fome. Nunca paramos de respirar. Por que nos falta uma necessidade de ler? Alias, não há sequer um nome pra isso. Simplesmente “a necessidade de ler”. Algo como a manutenção da intelectualidade, ou da saúde do cérebro. Ler. Ler como quem mata a sede. Como quem avança sobre um prato de comida. Um copo de água bem gelada e uma Clarice. Uma lasanha e um Machado. Para todos os dias, arroz, feijão e Allan Poe.

A falta de leitura deveria ser retratada em fotografia premiada pela National Geographic. Concorrentes do “Foto do ano de 2004”: O menino faminto da Etiópia, a baleia encalhada da Antártida e o Sem-livro do Brasil. Deveria estar estampado na cara do sujeito: “Sou subletrado”.

Não se justifica com a situação do nosso país. Não se trata aqui da falta de incentivo e de educação, já notória e discutida. Mas de atitude.

Os jovens - ah, sempre os jovens – não conseguem, ou não querem, enxergar o benefício da leitura. Qualquer leitura. E os jovens crescem, ou já cresceram, subletrados. Daí a pergunta: E se houvesse uma necessidade física? Penso que ainda há o que mudar na estrutura humana. Que tal essa dica? Hein! Na falta de uma terminologia melhor, fica a “fome de leitura”, ou a FOMURA. O menino grita: “Manhêêê, to com uma fomura danada”. E ela vem correndo com a Ruth Rocha que é pro menino parar de reclamar. O pai, no meio da noite, acorda com o choro do bebê. Dá a mamadeira, troca a fralda e lê o Ziraldo enquanto o neném não consegue sozinho. O casal de namorados vai sair a noite. Jantar, choppinho ou leitura? O rapaz mais afoito sugeriria um João Ubaldo. O divorciado um Nabokov. O mais esperto um Vinícius (sim, elas ainda adoram). E a combinação vinho, massa e Drummond? Irresistível.

O sonho enfim se concretizaria com o obeso-literato. Aquele que, de madrugada, assalta a estante. Acha que não faz mal um Parnasianismozinho durante as refeições. Vai ao médico, o letricionista, que lhe passa uma dieta a base de romance. Nada muito pesado. Depois das 20 horas, só Sidney Sheldon. Mas cai em tentação e é flagrado com “Crime e Castigo” nas mãos. A família se preocupa. Tornou-se um livrólatra. Só o L.A. poderá salvá-lo. Nas reuniões com o grupo de viciados em literatura, ele conta sua saga: “Bem, comecei aos 10 anos. Como todo mundo. Fadas, chapéus, narizes que cresciam. Depois eu parti pros livros menores. Mas quando você menos espera, já está devorando um Jorge Amado numa sentada só”. Um “ooh” ecoa na sala. Senhoras comentam entre si. “Tão novinho e tão letrado né!”

Bibliotecas lotadas. Um silêncio ensurdecedor. Filas enormes para entrar. É muita gente morrendo de fomura. Consegue uma mesa, pede o menu.

- Por favor, me vê duas Cecílias. E pro menino pode ser um Lobato, que ele adora!!

- Senhor! Nossas Cecílias acabaram.

- O quê? E o que você sugere?

- Nosso Eça é legítimo, senhor! E temos Camões

- É que os portugueses são caros né! E meu médico me proibiu Camões durante a semana.

- Algum Andrade?

- Não sei. Não sei. To indeciso ainda.

Depois de alguns minutos pensando e testando a paciência do rapaz que lhe servia...

- Ah, vou de Paulo coelho mesmo que é só pra matar a fomura.


Um comentário:

  1. olá, obrigado por sua visita ao Ziunanet, somos grande fãs da Pedra por aqui... :)


    Aceita uma parceira??? :)

    www.ziunanet.com

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