quarta-feira, 22 de julho de 2009

Entrevista ao site Vaga Lume



Entrevista que o Fabiano Cambota deu ao site:

Como vocês formaram a banda?

Na verdade a banda se formou meio sem querer. Eu (Fabiano Cambota, vocalista), tocava com o Fabianinho fazendo uma dupla de rock. A gente tocava Matchbox Twenty, Bon Jovi e Secos e Molhados.
Começamos a procurar bares pra se apresentar e o primeiro foi um lugar bem legal, cujo dono era o Thiago que dava umas canjas com a gente, tocando bongô. Depois de pouco tempo o bar faliu e acabamos assumindo o Thiago como elemento da banda.
Passamos a ser os três procurando por um novo bar pra tocar.

O nome da banda, Pedra Letícia, levanta sempre muita curiosidade de fãs e das pessoas que estão conhecendo o som de vocês. Qual é a origem desse nome?

O certo é que o nome não tem um significado, não tem um porquê. Tudo o que a gente fala costuma ser pura invenção.
O nome mesmo saiu de uma brincadeira do Didi cantando uma música do João Bosco que dizia: "Minha pedra é ametista, minha cor o amarelo". E ele cantava "minha pedra letícia".
A gente sabe que é bobo, né? Por isso a gente deixa pensarem o que quiserem sobre o nome da banda. Boas teorias já surgiram (risos).

Qual a importância da internet na carreira da banda?


Nossa banda é uma banda que foi lançada quase que exclusivamente na internet. E meio por acaso também. Porque o primeiro clipe da mú
sica Como Que Você Pôde Abandoná Eu foi colocado por alguém que a gente nãoo conhece. E esse clipe hoje tem mais de 3 milhões de views. Isso somente esse clipe.
E a gente a se interessou e mesmo de uma forma amadora, passamos a investir em internet. Dedicando tempo mesmo, respondendo scraps no orkut, cuidando do myspace, divulgando em comunidades.
Isso nos rendeu e ainda rende demais. Além de aumentar nosso público, ainda aproxima as pessoas que gostam da banda. A internet ainda é o filé do nosso trabalho. A gente sabe que é por causa dela que a gente chega numa cidade e a galera sabe as letras das músicas, conhece música que a gente acabou de colocar no show, essas coisas...

A aparição de vocês no Domingão do Faustão, da Rede Globo, teve uma repercussão grande. Essa foi a primeira participação de vocês em um programa de Tv tão popular? Ficaram nervosos?

A gente já tinha participado de outros programas de tv, mas nada se comparando à popularidade e a audiência do Faustão.
Pra muita gente a banda apareceu ali, e isso é muito bom, mas por causa da internet, a gente ja tinha um público bacana nos shows e a galera conhecia nosssa música. Antes do Faustão a gente já tinha feito mais de 220 shows, em 9 Estados. Isso pra uma banda com menos de 4 anos é uma conquista e tanto.
Com o Faustão, a gente ganhou mais visibilidade e ajudou muito a incentivar as rádios a tocarem. E claro que deu um gelo na barriga né? Imaginar que quando você pisar no palco, serão milhões te assistindo. Isso é meio assustador. Tem que ser muito confiante pra ficar tranquilo, e a gente é mesmo muito fuleiro (risos).

Como foi a experiência de gravar o primeiro disco ("Pedra Letícia", de 2008)?
Disco é como filho (risos). Todo mundo fala isso né? É brega, mas é verdade.

A gente teve tudo o que poderíamos imaginar. A produção foi do (Marcelo) Sussekind, que é um monstro. Ainda teve a participação do Rick Ferreira tocando banjo, e do nosso rei Reginaldo Rossi.
Acho que o disco talvez não traga a energia do show, aquela pulsação do "ao vivo". Mas o trabalho em estúdio pode ter a chance de ser mais bem trabalhado e pensado.

A letra de vocês mais acessada no Vaga-lume é Teorema de Carlão. A música é baseada em fatos reais? O tal Carlão da música existe mesmo?

Sim, a música é totalmente real. O Carlão existe e é nosso amigo. Além disso trabalha com a gente como roadie.
A gente tem a chance de apresentar o Carlão nos shows. E ele mesmo assume a baranguidade. É uma preferência dele. Enquanto todo mundo corre pra tentar uma bonitinha, ele vai direto na feia.
Segundo ele, é porque não dá trabalho e por ela ser bem feia, ela te trata melhor, com medo de te perder. São só teorias do Carlão, viu?

As letras da banda são recheadas de bom humor. Existe a influência de algum outro artista ou isso sempre veio da cabeça de vocês mesmo?

A gente nunca fez uma banda de humor que fosse de uma forma planejadamente engraçada. A medida que eu escrevia as músicas, elas iam saindo bem humoradas.
Nunca usamos roupas diferentes, nem maquiagem, nem personagens, nem piadas feitas. A gente brinca com contexto do show, da música mesmo. Claro que há referências evidentes na nossa banda, como há em qualquer banda. Na sonoridade dos anos 80, Ultraje A Rigor, Eduardo Dussek, João Penca & Seus Miquinhos Amestrados, Léo Jaime, ao humor do Premê, Língua de Trapo, à teatralidade dos Mutantes, Secos e Molhados. Tudo isso faz um saladão, né?

O show da Pedra Letícia se destaca pela teatralidade e abrangência, agradando pessoas com diferentes gostos musicais. Como vocês desenvolveram suas apresentações ao vivo, desde começo da banda até o patamar que estão hoje?

Os shows mudam muito com o tempo. Não chamo isso de evolução porque seria pretensão da nossa parte. Mas muda e você se vê obrigado a se readaptar, a um novo volume de gente, a um público diferente.
A nossa premissa é diversão. Sempre defendemos a tese de que se a gente se divertir, as pessoas vão se divertir com a gente. Por isso mantemos o clima sempre alto astral, nas viagens, hotéis, camarins.
Essa diversão acaba contaminando todo mundo. Como a música não busca agredir ninguém, todo mundo se sente bem vindo. Seja a molecada que gosta de uma bobagem como a gente, seja uma galera mais velha que remete aos anos 80 e à nossa infância. É fácil ver pai e filho nos nossos shows. Motivo de orgulho total!

Com o sucesso conquistado, quais são os objetivos da banda daqui para frente?

Sucesso? (risos). Que nada, é só o começo, né? Estamos ralando mais que tombo de moto!
A gente encara cada fase da banda como um desafio, mas o principal é curtir cada momento. A gente curtia encher um barzinho, depois você curte a gravação de um cd, depois curte quando ele é lançado, depois aparecer num programa de tv, fazer shows maiores. O negócio é aproveitar tudo. A gente vive um sonho.
Sabemos que uma galera de banda acessa o Vaga-lume e a gente sabe que é o sonho de grande parte dessa galera, fazer o que a gente faz: viajar, tocar, conhecer lugares, gente. Nosso papel é corresponder ao nosso sonho realizado. Então a missão é aproveitar o máximo.

Deixem um recado para os fãs de vocês no Vaga-lume.

É legal saber que uma galera aqui do Vaga-lume tem acesso às nossas letras e músicas. A gente sempre acessou, porque isso vira prática comum, né?
Nunca imaginamos que um dia teria uma letra nossa aqui. Pra galera que também tem banda e acessa, a gente conta que é emocionante ver a letra da música que você escreveu, sendo acessada pela galera. E pra todo mundo, muito obrigado por nos prestigiarem. Se vocês estão atrás das letras da música é porque se interessaram mesmo, não é?
Então, desculpem a gente por termos escrito tamanha bobagem, tá? Valeu demais a todos do Vaga-lume... e toca Pedra Letícia!




Um comentário:

  1. que liiiinda a entrevistaaaa
    adorei os autógrafos, rssss
    AMO PEDRA LETÍCIA ♥_♥

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